Toda mulher que sonha em ter seios maiores já deve saber que o caminho para realizar esse sonho passa pela prótese de silicone! Ao buscar mais informações sobre o assunto, acaba-se descobrindo que existem diversos tipos de prótese de silicone que podem variar desde a forma, material e até mesmo com variações de textura, e entre estas variações está a prótese de silicone de poliuretano.

Acompanhe o texto onde o Dr. Érico Brasil, médico especialista em cirurgia plástica, nos explica melhor a respeito da prótese de poliuretano e fique sempre antenada!!!

Para falarmos sobre a Prótese de Poliuretano temos que entender melhor sobre a história das próteses de silicone.

As primeiras próteses a serem utilizadas nas cirurgias de mama, eram as de superfície lisa, com o passar dos anos, observou-se que as pacientes apresentavam com maior frequência a chamada Contratura Capsular.

– Mas o que é Contratura Capsular, Dr. Érico? A Contratura Capsular ocorre quando a capsula que envolve a prótese começa a apertá-la, pressioná-la, alterando o formato dessa prótese e podendo causar um endurecimento do tecido mamário, dores e inflamações. Este tipo de complicação não é regra, mas pode acontecer, por isso é importante estar sempre atenta ao aspecto da sua prótese.  

Então, como as próteses lisas apresentavam maiores chances de se desenvolver uma contratura capsular, a indústria começou a desenvolver próteses com superfícies texturizadas, ou seja, tipos de textura que aderissem de uma forma mais completa ao tecido e com isso gerasse menos casos de contratura capsular.

Foi nesse contexto que surgiram as Próteses de Poliuretano, um dos primeiros modelos de próteses texturizadas, com esse tipo de prótese se notou um menor grau de casos de contratura capsular. Por serem mais rugosas, as próteses de Poliuretano “colam” no peitoral da mulher, como se fosse um velcro, por essa característica esse tipo de prótese passou a ser bastante utilizada aqui no Brasil.

Com o desenvolvimento da indústria das próteses de silicone, começaram a ser desenvolvidos outros tipos mais modernos de texturas, tais como a macrotextura, microtextura e também a nanotextura.

A partir deste momento, a prótese de poliuretano foi se tornando cada vez menos utilizada, pois a textura da sua superfície aumenta a dificuldade para sua implantação dentro do tórax da paciente, e se um dia for preciso retirá-la caso ocorra algum problema, como o de contratura capsular, por exemplo, teremos que encarar uma árdua missão, pois essa prótese tem uma aderência muito grande, a grosso modo podemos dizer que ela “gruda” tanto no tecido que dificulta bastante sua remoção.

Além disso, como a prótese de poliuretano fica muito “grudada” no tórax, no futuro o tecido mamário pode cair e gerar aquele famoso sinal da dupla bolha. Por estes motivos esse tipo de prótese deixou de ser tão utilizado pelos cirurgiões.

Entretanto, alguns cirurgiões mais antigos ainda utilizam a prótese de poliuretano, trabalhando exclusivamente com ela, porém hoje dispomos de próteses com tecnologias mais avançadas que nos permitem escolher o tipo de textura mais adequado a cada caso, seja a nanotextura ou a macrotextura.